quinta-feira, 2 de abril de 2009

Do que precisa o Galo?


Do que precisa um time? Do que precisa o Atlético Mineiro?
O Atlético tem a massa fanática e incansável, cantadora e sonhadora. Preta e branca, sempre presente. Tem Galoucura, tem Netgalo, dentre outras.
O Galo tem milhares de Josés, Antônios, Marias e Joaquinas. Tem Thiagão, Thiaginho, e vários tons de Thiago. Tem Daniel que não fica calado. Tem Serginho e João Filho, filha, irmão, sobrinho e pai. Tem Francklin, tem Milena, Alena e Renato Pena. Tem Allison e Igor. Tem o que vos escreve e meu filho.
Nunca teve meu pai, mas ele eu comparo com Tostão, tinha que ser assim.
Tem minha mãe. Tem Cicarelli, tem metade do Skank e Wilson Sideral. Temos Milton Neves. Tinha Roberto Drummond. Temos a massa (não o biscoito fino e amanteigado). Temos a bandeira de duas cores básicas. Temos glória. Temos grito de “Galôôô” até as 3 da manhã após jogo no Mineirão.
Somos massa em BH, Contagem e Betim. Massa somos na Serra do Cipó, Conceição e Itambé do Mato Dentro, Milho Verde, Serro e Diamantina. Somos massa histórica em Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes e São João. Massa no Circuito das Águas e no Circuito do Ouro.
Somos massa em Araxá, Uberlândia, Campos Altos e Uberaba. Somos Galo (leia-se, massa) em Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano. Somos Galo em Governador Valadares, Caratinga e Manhuaçu. Somos massa em Juiz de Fora (lá, os cariocas tentaram dominar). Somos massa em Teófilo Otoni e somos massa em Nova Era, João Monlevade e Roças Novas. Todas as roças, fazendas, chácaras e sítios, somos massa.
Somos massa nas cachoeiras de Minas, nas praias que não temos e nos bares que bebemos.
Temos o galo nos Estados Unidos, na Europa e Japão.
Mas, o que falta ao Atlético? O que falta à massa que somos?
Faltam nomes?
Faltam craques?
Faltam estrelas. Sim! Repito, faltam estrelas. Não aquelas estrelas que colocamos em cima do escudo, no peito orgulhoso. Faltam-nos as estrelas de outrora.
Faltam-nos Dario, Humberto Ramos. Faltam-nos Laci, Tião (Romeu) e Mussula. Ahn, se Mussula não fosse Mussula Tostão teria marcado naquele 2 X 1 que fizemos no Brasil, em 03/09/69. (Tudo bem, o galo usou camisa vermelha naquele jogo, mas por baixo os jogadores tinham a alvinegra).
Faltam-nos Tafarel, Renato e João-Leite (Tafarel era santo? João Leite era de borracha?).
Faltam-nos Éder, Luizinho. Faltam-nos Nelinho e Palhinha.
Falta-nos um técnico-líder como Yustrich. Falta-nos um técnico-gênio, simples e tranqüilo como Telê. Falta-nos Cerezo coração do mundo, coração de todos. Falta-nos Reinaldo e 28 gols em 18 jogos no brasileiro de 1978, sua meia-bicicleta e a demonstração de que pode fazer um homem, ainda que caindo ao chão.
Faltam-nos Ângelo e Ziza, incansáveis. Faltam-nos Marcelo e Paulo Isidoro. Falta-nos o capitão Oldair.
Faltam-nos presidentes como Elias Kalil. Faltam-nos diretores de futebol como Nery Campos.
Aonde estão todos eles? Onde se encontram que não nos deixam encontrá-los? Por onde andam, ou por onde jogam esses craques, essas estrelas? Esses heróis?
Eu digo: andam escondidos na ganância de nossos dirigentes, terríveis cartolas. Andam perdidos pela falta de apoio às categorias de base e à meninada. Aquele apoio que o Rei Reinaldo recebeu quando aos 16 anos despontou no Galo.
Precisamos (sim, precisamos, nós, a massa, os Josés e Marias atleticanos, o Galo) é de pessoas sérias na frente desse time, que, como diria o cronista, chega a se confundir com religião.
A massa torce contra o vento, mas nossos atuais dirigentes têm interesse diferente da massa e não podem fazer parte do Glorioso Galo das Minas Gerias.

2 comentários:

cão de saia disse...

ta aí brunão

http://lebenundliben.blogspot.com/

nay.

Thiago Moreira disse...

galo!!!