E se começarmos a perceber que o velho rock ´n roll já não faz mais o sangue parecer apimentado em nossas veias? E se qualquer dia desses marcar 150 km/h no ponteiro do carro não for mais motivo desencadeador de adrenalina? E se por qualquer razão aparentemente desconhecida o sonho de pular de pára-quedas, a vontade de percorrer o Caminho de Santiago de Compostela ou o desejo de mergulhar com tubarões parecerem-nos coisas infantis?
O que fazer? O que pensar?
Estaremos velhos? Cansados? Acharemo-nos enjoados de todas essas aventuras e estaremos nos preparando para o grisalho do cabelo, o crescer da barriga, o cair dos seios e para ouvir somente músicas chatas e não mais Secos & Molhados, Mutantes ou Rolling Stones?
Será que passaremos a procurar as praias com os mares mais calmos ou com piscinas naturais? Talvez uma viagem para um hotel fazenda! Passaremos a procurar os restaurantes com as comidas mais leves e sucos de abacaxi com hortelã? Será que procuraremos lugares que tenham playground para nossos pequenos e ar condicionado central?
E se o programa de domingo à tarde passasse a ser caminhar devagar na pracinha, comer pipoca (com pouco sal) vendo o sol se pôr atrás da igreja? E se nossos carros passassem a ter espaçosos porta-malas de 560 litros e nossas roupas menos estampas, menos bolsos e talvez gola pólo?
Ficaríamos sem usar allstar, bermudão camuflado e camisa de banda? Sem boné, pulseiras e cordões de hippies? Ficaríamos sem ouvir o som no talo, sem tomar banho gelado e sem fazer sexo selvagem? Não mais passaríamos as noites em claro regados a bebedeiras e alguns cigarros? Cortaríamos o cabelo, apararíamos a barba e cobriríamos as tatuagens? O que faríamos com os brincos?
O que diríamos a nós mesmos? É o amanhã que já vem chegando e se instalando no presente, de repente?
O amanhã será nostálgico, será pacato; ou será como o hoje: perfeito.
O que fazer? O que pensar?
Estaremos velhos? Cansados? Acharemo-nos enjoados de todas essas aventuras e estaremos nos preparando para o grisalho do cabelo, o crescer da barriga, o cair dos seios e para ouvir somente músicas chatas e não mais Secos & Molhados, Mutantes ou Rolling Stones?
Será que passaremos a procurar as praias com os mares mais calmos ou com piscinas naturais? Talvez uma viagem para um hotel fazenda! Passaremos a procurar os restaurantes com as comidas mais leves e sucos de abacaxi com hortelã? Será que procuraremos lugares que tenham playground para nossos pequenos e ar condicionado central?
E se o programa de domingo à tarde passasse a ser caminhar devagar na pracinha, comer pipoca (com pouco sal) vendo o sol se pôr atrás da igreja? E se nossos carros passassem a ter espaçosos porta-malas de 560 litros e nossas roupas menos estampas, menos bolsos e talvez gola pólo?
Ficaríamos sem usar allstar, bermudão camuflado e camisa de banda? Sem boné, pulseiras e cordões de hippies? Ficaríamos sem ouvir o som no talo, sem tomar banho gelado e sem fazer sexo selvagem? Não mais passaríamos as noites em claro regados a bebedeiras e alguns cigarros? Cortaríamos o cabelo, apararíamos a barba e cobriríamos as tatuagens? O que faríamos com os brincos?
O que diríamos a nós mesmos? É o amanhã que já vem chegando e se instalando no presente, de repente?
O amanhã será nostálgico, será pacato; ou será como o hoje: perfeito.